quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O sentido da vida

Por uma razão ou por outra, a morte, o tema da morte, tem andado a rondar a minha cabeça. Os anos que passam, familiares de amigos que partem mais cedo, notícias de jornais com a morte de um actor aos 40, – faltam-me dois, e estas coisas começam a dar que pensar vitima de cancro, amigos, na força da vida, a cair no hospital porque a máquina começa a falhar. Etc. Etc. Etc. Dizia Epicuro, na sua "Carta sobre a felicidade", que: "o mais terrível dos males, a morte, nada tem a ver connosco: quando somos a morte não é, e quando a morte é somos nós que já não existimos". A mim também não me preocupa a morte. Inquieta-me, antes, desconhecer o caminho que me está reservado para lá chegar. Que enfermidades me esperam. Eu que digo esperar não ter o azar de chegar a velho; chegarei a velho, muito velho, anos a fio a arrastar-me sem saúde, dignidade ou reforma, em filas madrugadoras de centros de saúde de gente triste, pobre, a precisar mais de quem cuide do que de quem cure, ou, Deus, os deuses ou o destino, terão outra coisa em mente. A resposta deve dá-la a vida à medida que vamos caminhando por ela. Talvez esta inquietação que me tem rondado por estes dias e que me fez voltar aqui, não existisse, se outra pergunta nos fosse cabalmente, por Deus, pelos Deuses, pelo Destino, respondida. Qual o sentido disto tudo.