domingo, 17 de março de 2013

Confiar nos classicos


Trust the Classics from Close Up And Private on Vimeo.


CLOSE UP AND PRIVATE's etiquette for the modern classicist,
a loosely compiled list of scrupulous style cues for gentlemen
-
Slim cut suits with short legged trousers go a long way.
-
Buy a pair of wingtips and loafers.
-
The Beatles sir, listen to them – and do so regularly. 
-
Owning at least 3 oxford shirts has never done a man any harm.
-
Be a gentleman towards women.
-
Own several ties – n.b. Four-in-hand knots only – mix things up with a bow tie.
-
Watch all movies by Andrei Tarkovsky. Re-watch them.
-
Always consider a well-fitting navy blazer with gold buttons.
-
Serge Gainsbourg looked smart in a trench coat and so do you.
-
Own a classic cashmere v-neck and a round-neck pull-over. 
-
Kaki chino trousers are as essential as they are basic. 
Choose your pair meticulously.
-
Cherish a good relationship with your parents.
-
Sometimes looking at a nice black and white picture of your grandfather 
as a young man wearing his Sunday-suit can learn you more about classic style 
than reading 20 fashion magazines.
-
A watch – you do own one do you? - should be flat, vintage, and have a leather band.
-
Be punctual.
-
Ray Ban sunglasses matter.
-
Stay current. 
-
Trust the classics.

Para levar o barco a bom porto


29 WAYS TO STAY CREATIVE from TO-FU on Vimeo.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Ouve-se Lena d'Água na america do sul?

Viajei para os estados unidos, o país era os estados unidos? A momentos, parecia uma favela íngreme, esburacada e pobre da américa do sul. Eu nunca estive na america do sul. Nem na do norte. Depois parecia uma colina empinada nas costas da graça, moraria ou penha de frança. Falava ao telefone com gente que não conhecia, frequentei casas de pessoas que nunca vi, estranhamente de confiança e próximas, que me abraçavam na despedida. Casas pequenas, rés-de-chão de porta aberta com um pequeno portão verde claro, quase branco, seco, ferrugento, numa rua encilhada. A rua com pó, de gravilha, uma rampa enclinada. Já tinha dito. Estava nos estados unidos, depois saí, despedi-me com um abraço, desci a rua, íngreme, a derrapar na gravilha e calhaus que rebolavam comigo rua a baixo. Já estava em lisboa. Não conheço (esta) lisboa. Chego á rua principal que nos meu sonho era para o lado dos anjos, mas chegado a avenida: não era a almirante reis. Perdi-me, estava nos estados unidos, mas parecia uma estrada da américa do sul. Ampla, sol a rodos, sem prédios do outro lado do passeio. Não há passeio. Eu nunca estive na américa do sul. Aparece uma moça com que eu já tinha falado, mas que não conheço de lado nenhum. O carro é pequeno, cinzento, a obrigar condutora e pendura a uma proximidade física desafiadora. Peço-lhe boleia, não sei onde é a minha casa, hotel, motel, sei lá, não me lembro. Ela leva-me, janelas abertas, sol a rodos, a avenida, que era larga, vai estreitando até chegar a uma mini rotunda sem saída, junto ao mar, uma baía de mar verde claro, como o seco ferrugento do portão;
– já não está sudoeste, o tempo virou
– ainda está
– já está nortada, não vez o mar a chegar em carneirinhos…
Desfazemos a rotunda ao som de uma música que não conheço da Lena d'Água. Ouve-se Lena d'Água na america do sul? Gente atravessa-se á frente do carro com ar de veraneio, em direcção ao mar, para apanhar o barco que não vi, não estava lá barco nenhum, nem porto, só o mar a bater em carneirinhos e a música da Lena d'Água a tocar dentro do carro.