sábado, 31 de outubro de 2009

Lx Factory III. Ler de Vagar: há vida na rotativa.

Durante anos a rotativa deu vida às letras, agora são as palavras que dão vida à rotativa.
Ou serão estas que escolhem o aconchego daquele monstro mastodôntico para se deixarem estar entre lombadas, capas e contra-capas, vinhos, doces, música, artes plásticas e tudo o que por ali pode passar.

Lx Factory II

Lx Factory I

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Et Pluribus Unum (...e mais um titulo em latim)

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É bonito irmos buscar jogadores de tendões duvidosos e almas lesionadas e ter paciência com eles.
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Delirium Nocturnum (titulo roubado a uma cerveja belga)

Avanço.
Escrevo, emendo, volto a trás. Descarrego um parágrafo. Volto atrás. Não quero falar sobre isto. Recomeço com aquilo. As palavras não saem.
Backspace, backspace, backspace, backspace.
Vou por aqui. Não isto não tem interesse.
Backspace, backspace, backspace, backspace...
Alguma coisa tem interesse? Não, isto, não. Tenho sono. Shutdown. Talvez amanhã.
Não. Hoje vai. Já sei.
Tou sem paciência para escrever, isto vai ficar em branco uns tempos.
Isso já fica. Branco. Branco de ideias já ele é.
Backspace, backspace, backspace, backspace...
A vida anda demasiado insípida - e isso não é necessariamente mau - para registar aqui alguma coisa. Isto é um bom começo, mas,
backspace,backspace,backspace,backspace,
abrir o flanco para quê.
Generalidades. Boa! Vou por aqui, com ponto de exclamação e tudo. Agora que há uma petição na net para acabar com o uso dele cá vai, só porque sim, e pra chatear uma linha inteira deles. Logo eu que nem sou fã, embrulha: !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Enough is enough.
Não também, não. Talvez o Glorioso e as goleadas,
Backspace, backspace, backspace, backspace.
Esquece. Perdeu o encanto das coisas excepcionais e ganhou a vulgaridade das coisas triviais.
Mais nunca é demais.
Releio. Paro. Isto não faz sentido. Está surreal. Agora vai assim.
Assim como? Assim sem nada.
Volto a trás; quantos com o Braga, Porto, ou Braga. Porra tantos dilemas.
Não.
Caim e Saramago.
É parecido, José provoca Deus, Jesus castiga-os com ira esférica.
Não, caguei prás cretinices do velho. Deploro o homem, adoro o escritor. Quero ler o livro,
backspace, backspace, backspace, backspace...
E com esta merda toda também quero voltar à Bíblia. Não tenho tempo. Quero o Lobo Antunes e os Cavalos. Não há guito. Ou vai um ou vai outro. Vão os dois. Não dá. Levo o Saramago e a sua ironia. Não, Lobo Antunes. Com o Saramago nunca..., não, também aconteceu; fechar o livro a meio e voltar ao principio para perceber a história. Lembro-me agora, mas já foi há anos. Memorial do Convento. Talvez não tivesse preparado. Depois, com bilha de oxigénio ao pé, lá consegui ler de seguida, o primeiro parágrafo todo.
Quantas vezes já escrevi parágrafo neste texto? e de cada vez que
parágrafo
esqueço-me (e agora esqueço-me só à quarta tentativa, primeiro sem cedilha, depois com dois esses, agora sem u, porra estou mesmo mal)
do assento no "a". Pará, pa-rá-gra-fo. Assim.
O Tempo. Isso. Se não chover está um lindo dia de sol. Este indian summer que nunca mais acaba, gra...
backspace, backspace, backspace, backspace...
ia para escrever graças a Deus
(com caixa alta, pra chatear o outro, e se me der na gana rezo-lhe um padre nosso, como dizem os antigos, nas fuças do blog dele)
mas emendo que deus não é metido nestas alterações climáticas. E enquanto o mundo discutia em Copenhaga
(saudades, muitas. De tudo. De todos)
como controlar as emissões de CO2 para a atmosfera, eu tomava um banho de mar, nu em pelo, na praia de sta Rita onde durante o verão todo não consegui pôr uma unha dentro de água, porque está sempre gelada que até mirra os tomates e estão sempre os vagalhões do caralho, que um gajo pensa que entre morrer afogado ou morrer de calor, mais vale a segunda que sempre dá para aliviar com uma gelada.
Já me dói a cabeça de escrever esta merda sem sentido nenhum. Já passa das duas da manhã e pra escrever esta merda, mais valia estar a a dormir.
Não era nada disto que eu queria
backspace, backspace, backspace, backspace,
não quero escrever: não era nada disto que eu queria.
Vou dormir, foda-se, tenho que me levantar cedo.
backspace, backspace, backspace, backspace, backspace,
dói-me a cabeç
backspace, backspace, backspace, backspace, backspace,
não, doem-me é os olhos,
Publicar Mensagem.
Shutdown.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sete vidas tem um astro

Parece que anda alguém a espalhar o realismo mágico dos romances latino-americanos pelos estádios da Argentina.

sábado, 10 de outubro de 2009

A quadratura do circulo

Chego ao carro em dia de suposta reflexão eleitoral e deparo-me com este paradoxo. Um homem que quer dar a coisa mais redonda que alguém de apelido Quadrado pode ter. E que ninguém duvide; lá cara é coisa que não lhe falta.

lovestória

Tomei o pequeno-almoço na Graça, no café do costume, onde a encontro por vezes quando lá vou ao fim-de-semana. Contou-me da sua história de amor mal resolvida e que, finalmente ao fim de vinte anos, as linhas da vida se voltaram a cruzar e que depois de dois meses de namoro e múltiplos orgasmos múltiplos, decidiram casar. Tudo planeado. Na próxima semana ele volta de Angola, ela pensa engravidar no fim-de-semana seguinte, ele divorcia-se em Maio, a criança nascerá em Julho, e casarão em Setembro. Desejo-lhe a maior sorte e volto ao carro.

Nobel da Paz ou fica lá com o menino nas mãos.

Ninguém merece que lhe ponham nas mãos a obrigação da resolução de todos os males do mundo. A originalidade deste ano de dar um prémio, não por aquilo que se fez, mas por aquilo que se espera que faça, tem ar de presente envenenado. Ao considera-lo um semi-deus estão a fazer com que, por muito que melhore o mundo, fique sempre aquém das expectativas e não tardara muito que não comecem a aparecer os primeiros que o passarão de salvador do mundo a demagogo cheio de retórica.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Prémio: "Já ninguém mais tem respeito pelos excessos de um artista".

Pensei que estava sozinho e já me chamava a mim mesmo reacionário, fascista e ultra conservador, quando descobri que afinal não era o único. É que até já estava com medo que o dr. Louçã me aparecesse em sonhos. Em pesadelos, digo.