segunda-feira, 16 de março de 2009

O barbeiro corta sempre duas vezes (uma na casaca outra na trunfa)

— diga-me lá!!?? Como é que ela vive??! com 400 euros de renda, mais água e luz e transportes!! (o pai indignado, sobre aquela antes a filha querida)
— ...e, e ela fuma? (pergunta como que cheio de zelo, navalha na mão e dedo mindinho com unha de 2 centímetros em riste para marcar a patilha)
— nnn...não! acho que não! sei lá! dali já espero tudo! pelo menos nunca a vi fumar...
— ààhh! (como que aliviado) "prontos"! se não era mais uma despesa!! (muito preocupado!!)
— ele é que me surpreendeu! Um esmero a tomar conta dos miúdos.
— Veja lá (navalhada final na conversa) e a família dele é que era isto e aquilo...
— pois era
Era, era. Atrás dos tempos, tempos vêm.