quinta-feira, 5 de março de 2009

Falar em relações humanas e música à mistura, puxa-me para pensar que esta simbiose pode tornar-se uma coisa desagradável. Se gostarmos de música, acabamos por relacionar esta ou aquela pessoa, uma ou outra situação com determinada canção, autor(a), cantor(a). O mesmo se passará com locais, vinhos, livros, uma infinidade de coisas que nos fazem lembrar outras tantas. O chato é precisamente ouvir uma música e involuntariamente o nosso cérebro levar-nos a pensar em quem, ou no que, não queremos. Sobretudo se gostarmos mesmo daquilo que ouvimos. Na realidade tudo isto vem a propósito do post anterior e de como isto anda tudo ligado. Porque o que eu queria mesmo, era que, apesar de ser uma besta, me fosse devolvido o meu cd da Aretha Franklin e do Otis Reading à minha colecção particular, pois não consigo compreender que tipo de ressabiamento pode levar alguém a espoliar um homem dos seus objectos mais pessoais. Eu sei, se me fizessem a mim, talvez a coisa não ficasse por menos que uma boneca de voodoo, toda espetadinha até não haver tecido para mais alfinetes. Mas o caso não é para tanto. E eu, também sou bonzinho, e até já perdoei e esqueci a cassette do Caetano. Afinal, eu já nem teria onde enfiar aquilo.
Não, aí não.