sábado, 23 de maio de 2009

Finalmente percebi a causa dos preços exorbitantes do quilómetro de autoestrada.
Depois de ainda há 20 minutos atrás ter passado por dois acidentes na 2ª circular, um antes do Colombo, outro depois do Fonte Nova, eis que chego à zona de obras do ic17 e vejo que por cada operário que pinta um traço descontinuo no chão há quatro-quatro que observam. Todos devidamente equipados com coletes reflectores, capacetes e botas de biqueira de aço - não vá a lata da tinta entornar e provocar um acidente de trabalho - sendo que, dois estão com as mãos nos bolsos e os outros dois com as mãos na anca, algo impacientes e com ar de tanto-tempo-pra-pintar-um-traço. Vi duas brigadas destas de trincha na mão, vários grupos de três, quatro ou cinco homens com ar de engenheiros, falando entre si no meio do alcatrão e os restantes quarenta (mais coisa menos coisa) encostados ao raill da estrada. Devia ser hora do pequeno almoço. Espero que pelo menos lhes paguem o sábado.