segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Férias#3: A Serra.

É inevitável; não se pode estar no pé da serra sem ser atraído pelo seu magnetismo natural. Domingo, voltámos a ela sempre em subir.
A manhã em Seia foi passada em modo chillout na esplanada, cheia de bom gosto e calma, do Museu do Pão a ver a região a estender-se aos seus pés numa dolência própria de um domingo quente de Agosto. A mercearia do museu, como de resto tudo no museu, é um regalo para os sentidos. O cheiro do pão, dos queijos e enchidos, as filas de compotas variadas, azeites, aguardentes, especiarias, a decoração com objectos antigos de casas rurais, tudo ali convida a ficar, como numa igreja, numa contemplação sem fim. 
Depois de um almoço ligeiro continuámos a subir em direcção à barragem de Vale do Rossim onde estivemos a banhos durante parte da tarde até descermos de novo para o empate do Benfica. A estrada convida a ritmos lentos para regalar a vista pela paisagem semi-desnudada de fragas e vegetação rasteira que vai passando e pelos cheiros com que esta vai perfumando a Serra. Encantaram-me os tons vermelhos-alaranjados das arvores que ladeavam alguns lances de estrada, sei-o agora; são tramazeiras, e por elas entretive-me a bater umas fotos, enquadrando-as com a barragem em fundo, na esperança der reter a fotogenia de ambas. Receio que sem sucesso.
Claro que hoje segunda-feira, depois das despedidas dos companheiros de estadia, não resisti e com o amigo que me acompanhou no regresso a Lisboa, lá voltei e não saí de lá sem vir atracado a um queijo da Serra que já ficou na Lourinhã e uma garrafa de medronho que segue amanhã para o Algarve.