quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Férias#4: Lisboa, Alentejo e tudo.

Engano-me a mim próprio. Vivo a ilusão de ter queimado todas as calorias acumuladas no fim-de-semana numa singela corrida junto ao rio depois de uma noite bem dormida na minha cama e antes de rumar a sul. Julgo ter visto nos míseros pingos de suor que caíram no chão da expo resquícios de queijo da Serra, cabidela e algumas minis Sagres e SuperBock.
Retoco a trouxa e sigo para o Algarve. Entro no Alentejo depois das duas da tarde sem ar condicionado e debaixo de temperaturas, segundo o termómetro da viatura, a rondar os 40 graus. Nada nem ninguém se atreve a pôr os cornos de fora sob aquele sol abrasador. Os montes amarelados a perder de vista são uma paisagem que tem tanto de crua como de sublime e as oliveiras que se espalham por eles são as únicas coisas que se aguentam estoicamente de pé no silêncio tórrido daquelas planícies sem fim. Paro na Mimosa e arrisco a comprar dois queijos de Serpa amanteigados (onde é que eu já vi isto) que hão-de servir de entrada para o jantar de chegada.
Cinco horas e algumas paragens depois, chego finalmente à Caramujeira ávido de uma lambreta SuperBock que bebo de supetão antes mesmo de acabar de falar ao pessoal todo que estava na esplanada. Entre minis e banhos de piscina a conversa só acabou de ficar em dia após o jantar tardio no alpendre da casa em que ficarei por estes dias.