quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Férias#5: sol, suor e cerveja

Não consigo dormir. São 6.30 da manhã e apesar do vento norte que corre fresco e forte lá fora, a casa está quente e eu escorro suor. Estranho a cama. A porta do quarto bate devido à corrente de ar e uma melga que tenho por companhia faz voos rasantes aos meus ouvidos com o seu zumbido incomodativo. Hoje não foi a minha noite. Abro a portada do quarto que dá para a rua e saio para apanhar ar e refrescar o quarto. Mijo ao ar livre com a primeira luz do dia, os cães fazem o seu papel de guardas e vêm ver quem está a mijar fora do penico. Acaba por ser um dos cachorros de meses que ladra e dá o sinal; os outros mais velhos já me conhecem de outros carnavais e seguem o seu caminho. Volto ao quarto, deixo a portada aberta e, com o começo do dia, parece que o vento também acalma.
A ser assim, talvez hoje, corra tudo como ontem; praia de manhã, com a água mais quente que apanhei em Portugal nos últimos anos (isto se a nortada não virou a maré e hoje ela estiver mais fria), umas pinturas na casa que se anseia habitada de novo brevemente, uns banhos na piscina do restaurante para tirar a tinta do corpo e um jantar às onze da noite com um Algardoce para finalizar o repasto. Tudo marcado pela cadência das cervejas que vão refrescando o dia.
Venço a melga. Vou tentar dormir mais um pouco. Ou arranco com o Saramago.