quarta-feira, 7 de julho de 2010

Hoje entrou em casa uma brisa nocturna, que trouxe com ela o cheiro do carro do lixo lá em baixo, enquanto eu cá em cima, na varanda, adormecia, como sempre, ao fim de quatro linhas do segundo parágrafo de um qualquer livro que finjo ler antes de adormecer. O cheiro chegou, para me trazer de novo ao mundo dos vivos e fazer o transbordo, a custo e aos pontapés á mobília, até á cama. Não gosto de dormir com barulho nem com luz, fecho tudo, corro as persianas e o resultado é que ao fim de cinco minutos escorro suor por tudo quanto é sitio. Volto a abrir a casa ao ar da noite e tentarei adormece,r na cadeira de praia que está na varanda, ao som dos carros que passam lá em baixo e do ladrar dos cães que guardam o cemitério.